A Menina e a Língua

Acordaram pela manhã
(Secretamente, pela manhã)

 Não havia nada que ela gostasse mais do que as manhãs, tão cheias de pureza. As manhãs eram tão claras e de orvalhos tão doces e de momentos tão bem guardados na memória. Eram sempre tão amenas, de cheiros tão suaves... Humildes rainhas de luz entravam pela janela. Eu acordei sentindo o corpo dela se esticando, sua face abrindo o seu sorriso. Como ela era casta, deitada nua ao meu lado. Era tão santa, tão virgem, quase uma feira. Seus cabelos eram enormes, loiros, ondulados e ela tinha pintinhas espalhadas por toda sua pele bronzeada, que cor maravilhosa que ela tinha. Magnífica, como ela era Benjamine. E toda a França queria Benjamine e apenas eu a tinha ali, tão inofensiva, nua.
 Ela murmurou algo e virou de costas. Eu beijei seu ombro e ela me olhou com os olhos cerradinhos, inocente demais nas manhãs como era Benjamine.
 - Yuko, me traz um copinho d'água? Eu sempre tenho tanta sede... - fechou os olhos.
 Trouxe o copo de água, coloquei-o em sua boca e ela ainda deitada, despejei pelo seu corpo abaixo... Seu corpo fazia as gotas virarem prismas com muito mais facilidade que o sol. Deitei-me sobre ela, nossos seios quentes encostavam-se e excitavam-se, arrepiando. Eu beijei-a, meu cabelo caindo sobre o rosto dela. Estávamos nos tocando completamente, uma junta a outra. Desci lambendo a água que separava nossos corpos e beijei os lábios que nunca deixariam de ser virgens. Como a boceta dela era doce e macia, como era deliciosa. Olhei para Benjamine. Ela gemia baixinho.

Acordei pela manhã
(Secretamente, em março)

 Era um dos dias mais lindos que podiam ser vistos pela nossa janela. O prédio da frente refletia o sol que nascia no oriente para a nossa casa, sempre de cortinas abertas. Era uma maravilha estar finalmente em Nantes. Tudo era iluminado por apenas uma janela, mas eu e ela precisaríamos só de uma cama para o amor. Café e croissant é só pra muito depois. Yuko com seus cabelos longos e lisos, seus ossinhos aparecendo pela pela branca, seus olhos apertados sempre com sono. Seus seios eram pequenos e empinadíssimos e ela me olhava. A pedi um copo d'água, e assim ela trouxe. Despejou a água gelada na minha boca e pelo meu corpo, que eriçou meus pelos pelo corpo todo e se deitou em mim... Seu rosto era tão perfeito e seus lábios tinham a mesma cor que seus mamilos agora tão excitados. Lambeu meu corpo, até chegar no meio das minhas pernas, onde, olhando pra mim, me deu um beijo estalado e vibrante. Gemi.
 E ela começou, me lambia com a pontinha da língua, mexendo no meu clitóris. Balançava a cabeça devagar, fazia "mmmmmm" junto comigo. Beijava minha boceta como se fosse minha boca, molhava seu queixo com meu líquido e com o líquido dela. Era nosso amor de água.
 Eu gemia e lambia meus dedos, passava a mão nos meus seios e os apertava... Logo esticava a mão e pegava nos peitos de Yuko e sentia seus mamilos duros, seus seios tão macios, deliciosos. Beijei-a e senti o gosto da minha boceta, que logo voltou para a boca dela, que me arranhava a barriga com delícia.
 A luz do sol tocava nos nossos corpos e nós esquentávamos, gemíamos. Joguei a cabeça para trás, ela girava a cabeça enquanto segurava meu clítoris em seus lábios grossos de mel. Ela gemia também, eu sentia as vibrações subindo pela minha barriga... Yuko beijava, estalava, lambia, passava a pontinha da língua, passava os lábios doces... Passou os dedos e desceu, enfiando-os em mim. Enfiava devagar seus dedos finos enquanto levavam seu clítoris com seus lábios.

(Benjamine gemia)
(Yuko se molhava e levou a mão para dentro de sua calcinha)

 Continuaram, as duas a explorar seus corpos com seus dedinhos: molhados de saliva pois eram chupados para abafar seus gemidos mais altos, molhados de gozo da menina deitava na sua cama que era tão quente por dentro e que molhava a cama, os dedinhos molhadinhos da boceta do mesmo corpo, que acariciavam e penetravam.
 Benjamine agarrava-se nas pontas do travesseiro, Yuko gemia por si, se masturbava e recebia carinho de Benjamine na cabeça, que a prendia em sua boceta molhada, que pressionava sua boca contra aquele lago. Ben gemia e batia os dentinhos, abrindo cada vez mais as pernas bronzeadas e redondas.
 Yuko levantou a cabeça, respirou e gemeu alto, se masturbava com muito mais rapidez e voltou a beijar a boceta de Benjamine intensamente e as duas gemiam de um jeito louco.

 (Yuko tirou os dedinhos de dentro de Benjamine. E de dentro de si. Benjamine tirou o dedinho da boca. As duas se beijaram, colaram seus corpos e deram risadinhas)


 Tiraram um cochilo
                              Secretas, fugitivas.
 (Com as janelas abertas, os vizinhos viram tudo)